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Israel - de 1850 A.C. aos Dias Atuais

10 de Março de 2008

Escrito por PAPE_JSD - Min. Jd. S. Cristóvão    

www.sadoutrina.org  - Biblioteca Digital - Trabalhos     

A história de Israel - de 1850 A.C. aos Dias Atuais
                                         

Por: José Fatuch Junior – Vinhedo – SP, Júlia Carolina – Vinhedo – SP, José Carlos Edwiges – Campinas – SP e Sidney Mendes – Campinas – SP. Estes irmãos formam a Coordenação do PAPE_JSD (Programa de Aperfeiçoamento Profissional e Estudantil dos Jovens da Sã Doutrina) do Ministério do Jardim São Cristóvão – Campinas - SP 

ISRAEL – PARTE I – Período: 1.850 A.C. A 1.200 A.C.
          
  Por José Fatuch Junior – Vinhedo - SP 
 
O CHAMAMENTO DE ABRAÃO: Vindo de UR (terra dos caldeus), que se localizava em região hoje pertencente ao Iraque (próximo à fronteira com o Kuwait), Abraão (com sua esposa Sara), seu pai e demais parentes chegaram a HARÃ (ao norte da Mesopotâmia, agora em região localizada na atual Síria) por volta do ano 1.850 A.C. Foi nessa época que o SENHOR convocou a Abraão, convidando-o para ocupar a terra prometida, a região de CANAÃ.
 

Foi com relação a Abraão que se utilizou pela primeira vez o termo Hebreu (que designa aquele que se dirigiu a Canaã) e que passou a representar todo aquele que era considerado descendente de Abraão (Gen. 12.1-3).  Abraão deslocou-se então em direção a CANAÃ (região próxima ao mar mediterrâneo, ao sul do Líbano e ao norte do Egito e onde hoje existe o atual Estado de Israel). A primeira localidade onde ele se instalou foi SIQUEM. Daí em diante temos muitas passagens bíblicas já conhecidas dos irmãos, entre elas a gravidez de Agar, a escrava de Sara, gerando a Ismael, que por sua vez deu origem aos povos árabes e hoje muçulmanos. Em Gênesis 16:11,12, conta-se a promessa de um anjo do SENHOR a AGAR, sobre a geração de Ismael. Esta situação explica porque, até hoje, as três grandes religiões monoteístas (CRISTIANISMO, ISLAMISMO E JUDAÍSMO) têm ABRAÃO como Patriarca, sendo que os muçulmanos (islamitas) consideram-se os verdadeiros descendentes de ISMAEL.
 
 Continuando, foi instituída a circuncisão, deu-se o nascimento de ISAQUE e depois a expulsão de AGAR com seu filho ISMAEL para o deserto. Depois temos o crescimento de ISAQUE, seu casamento com Rebeca e a geração de Esaú e Jacó, ficando este último com a benção de seu pai. A sua geração, conforme já dissemos, passaria a ser conhecida como povo israelita. Por volta de 1.700 A.C. todo o povo foi para o Egito, chamados por José e fugindo de uma grande fome que afligia toda a região, deixando as suas cidades e habitando as terras estrangeiras por cerca de 400 anos.
 
 Lembrando que José havia sido vendido por seus irmãos para os Ismaelitas, que eram descendentes do mesmo Ismael, outro filho de Abraão.   No Egito, liderados por José, que possuía enorme prestígio junto ao Faraó, aquele povo manteve seus costumes e continuou protegido pelo SENHOR, obtendo grande crescimento númerico. Esta foi a primeira grande demonstração de força do povo israelita e que se repetiria, ao longo da história, em várias outras ocasiões e países. Houve crescente desconforto da população local com o elevado número de estrangeiros que agora se encontravam instalados em suas terras, o que levou o novo governo egípcio a usá-los como escravos e sob essas condições é que foram liderados por Moisés para iniciar o Êxodo, que compreende a prodigiosa saída do povo das terras do Egito, passando pelo Mar Vermelho e a sua longa peregrinação pelo Deserto. No capítulo 3 de Êxodo, a partir do versículo 7 e até o 10, o SENHOR manifesta a Moisés sentir-se incomodado com a situação de seu povo e dá início à sua libertação . A partir daí, em uma série de passagens bastante conhecidas de todos os irmãos, Moisés irá liderar a campanha dos israelitas pelo deserto.
 
 É durante esta demorada peregrinação, atravessando o deserto do SINAI, que se misturam e despontam grandes características de caráter político, religioso, social e até mesmo econômico que se tornariam marcantes na trajetória daquele povo e influenciariam o comportamento e tradições das grandes religiões monoteístas do mundo moderno. Após a travessia do deserto, já sem o seu grande líder Moisés, mas sob o firme comando de Josué e sempre protegidos pelo Senhor chegam à Palestina, cuja tomada iniciou-se entre 1.220 A.C. e 1.200 A.C. A região conquistada foi então dividida em 12, conforme o número de tribos dos descendentes de Jacó (Israel), dando-se assim a primeira instalação significativa dos israelitas de forma organizada e livre.   
 
 ISRAEL – PARTE II – Período 1.200 A.C. a 930 A.C.         

  Por Julia Carolina Fatuch – Vinhedo - SP
 
 A primeira comunidade a ser invadida foi Jericó, considerada por historiadores como a mais antiga cidade murada em todo o mundo. Depois, ocorreram diversas batalhas contra os povos que se encontravam instalados na região, terminando com a conquista total da terra prometida. Aos poucos todo o território conquistado foi dividido entre as tribos de Israel, exceto em relação aos Levitas, que ficaram com os dons recebidos por herança do Senhor, mas o total continuou sendo 12 pois Efraim e Manassés, filhos de José também receberam a sua parte.
 
 Com a morte de Josué, por volta de 1.200 A.C., o comando do povo passou para as mãos dos Juízes, que conduziram as tribos em guerras contra os cananeus, os moabitas e os filisteus, estes considerados os inimigos mais poderosos da época, os quais se concentravam em estreita faixa na costa do mar mediterrâneo, hoje chamada de Faixa de Gaza. Houve, então, forte pressão da população para que fosse eleito um Rei para julgá-los e liderá-los nas contínuas batalhas contra os inimigos da época, já que a união em torno do Senhor havia ficado abalada pelos desvios religiosos de alguns membros das comunidades e Samuel se encontrava com idade avançada.
 
 O primeiro reinado, o de Saul, embora houvesse proporcionado algumas significativas vitórias e promovesse a união das tribos, acabou sendo repudiado pelo povo, que acolheu então a DAVI, vários anos após a sagração de Saul. A partir daí ocorreu um período de grandes conquistas e firme unidade nacional em torno de Davi, com entendimento e união entre as tribos e forte expansão das fronteiras do território israelense. Verificou-se, além de importantes vitórias sobre os filisteus, a submissão de moabitas, amonitas e outros rivais vizinhos. O reinado de Saul durou cerca de 20 anos (1.030 a.c. e 1.010 a.c.), enquanto que o de Davi durou cerca de 40 anos (1.010  e 970a.c.).  A grande estabilidade, porém, sobreveio entre 970 a.c. e 931 a.c.,  período em que Salomão, filho de Davi, passou a reinar, destacando-se pela sua sabedoria e hábil liderança e pelo desenvolvimento do reino.
 
 Mas, alguns fatores como a pesada carga fiscal, reclamações das tribos do norte quanto a suposta predominância da casa de Judá e a falta de perícia de seu filho e sucessor Reoboão, acabaram provocando reação de parte do reino, após a morte de Salomão, terminando com a separação (CISMA) em dois outros reinos mais fracos: Israel, ao norte, com capital em Samaria e envolvendo 10 tribos (exceto Benjamin e Judá) e Judá, ao sul, com capital em Jerusalém, composta pelas tribos de Benjamin e Judá. Divididos e enfraquecidos, chegando a lutar entre si, os novos reinos acabaram sendo dominados pelos vizinhos, caindo primeiro Israel, por volta de 721 a.c., tomada pelos assírios e depois Judá, por volta de 587 a.c., tomada pelos babilônios, seguindo-se deportações em massa. Mesmo tornando-se cativos, os habitantes de Judá (em sua maioria), mantiveram sua identidade e costumes e ao retornar para suas terras já eram chamados de Judeus, inclusive aqueles que partiram do reino de Israel._               
 
 ISRAEL – PARTE III – Período 930 A.C. a 70 D.C.                                             
  Por José Carlos Edwiges – Campinas - SP
 
 Israel, também chamado Samaria ou Reino do Norte, tendo a cidade de Samaria como capital, tinha Oséias como rei e este fez o que era mau perante os olhos do Senhor. Os assírios se levantaram contra Israel para dominar e conseguiram pelas mãos de Salmanazar, rei da Assíria. O povo de Israel foi transportado para a Assíria e pessoas de lá foram habitar em Israel.A Assíria corresponde hoje à parte norte do Iraque e este episódio está em II Reis 17.Nesta mesma época, Ezequias reinava em Judá, também conhecida como Reino do Sul. Tinha Jerusalém como capital e Ezequias fez o que era bom perante o Senhor. Os assírios também tentaram contra Judá, tomando algumas cidades, mas com a ajuda do profeta Isaias, Judá teve libertação, pois um anjo do Senhor feriu numa única noite 185 mil assírios os quais morreram no campo.
 
 Em meio a estes episódios, acontecia a história de Tobias, que foi um dos transportados de Israel para a Assíria. Passados aproximadamente 130 anos, o Reino de Judá também foi conquistado. Os Babilônios, também chamados caldeus, tinham Nabucodonosor como rei. A Babilônia corresponde a onde hoje é a parte sul do Iraque. Joaquim reinava em Jerusalém e fez o que era mau perante o Senhor. Em seu reinado, Judá foi levado a cativeiro.   Os babilônios levaram os tesouros da casa do rei e da casa do Senhor, levaram também os príncipes, os nobres, os valentes, os artífices, os ferreiros de Judá, ficando apenas os pobres na terra.
 
 Entre os que foram levados, estavam Daniel e seus três amigos Ananias, Azarias e Mizael que assistiram na presença dos reis.Os babilônios ainda destruíram Jerusalém, seu muro, suas casas e até o templo construído por Salomão. Este episódio se encontra em II Reis 24-25.O término do império da Babilônia ocorreu numa festa onde Belsazar utilizava os utensílios sagrados da casa do Senhor e uma mão misteriosa apareceu e escreveu na parede: Mene, Mene, Tequel e Parsim. Daniel interpretou a escrita e na mesma noite Belsazar morreu e uma nova era iniciou: o período de dominação Persa. Este acontecimento está no livro de Daniel, final do capítulo 5. Dario se apoderou do reino e dominou ainda muitas outras terras.
 
 A Pérsia corresponde onde hoje é o Irã. Entre meio ao reinado de Dario e Ciro, um jovem judeu se destacou. Foi Daniel, que teve grande influência no governo, sendo um dos principais do reino, amigo do rei. Nesta época foi lançado na cova dos leões e libertado pelo Senhor.O período de dominação persa serve de fundo para as histórias bíblicas de Esdras, Neemias, Ester e é claro de Daniel.O Rei Ciro fez um decreto autorizando os judeus que estavam exilados na Babilônia a voltarem para Jerusalém, reconstruir a cidade, os muros e a casa do Senhor, podendo levar de volta também os tesouros e utensílios sagrados. Foi constituído a Zorobabel como governante em Jerusalém.
 
 O Sacerdote Esdras e Neemias, o Copeiro Real, estiveram a frente desta empreitada: a reconstrução de Jerusalém, reedificando também o povo espiritualmente e materialmente, com valores éticos e religiosos.Na evolução cronológica de história bíblica, chegamos a um período chamado intertestamentário, entre o antigo e o novo testamento, pois os livros proféticos têm seus personagens contemporâneos aos Reis de Israel e de Judá e do período de cativeiro.Os persas foram conquistados por Alexandre Magno, Rei da Macedônia, conhecido como Alexandre “o Grande”. A história se refere a ele como um grande conquistador que, ainda muito jovem, formou um grande império. Morreu cedo e seu império foi dividido, ficando os Ptolomeus com a parte do Egito e da Palestina. Na seqüência, os Selêucidas (Síria) dominaram esta região. Nesta época se levanta Judas Macabeus e promove uma revolta, episódio relatado nos livros de Macabeus (apócrifo).Após estes fatos os Romanos se firmam como grande Império, conquistando também a Palestina.               Foi neste período de dominação romana que nasceu Jesus Cristo, o Nosso Senhor e ocorreram todos os episódios do Novo Testamento.No ano de 70 d.C. Jerusalém foi destruída novamente, agora pelos romanos.
 
 ISRAEL – PARTE IV – Período 70 D.C.  (Diáspora) aos dias atuais         
  Por Sidney Mendes - Campinas – SP.                                                                     
 
 Para entendermos a história recente de Israel é preciso antes de tudo, conceituarmos os estes termos: Nação, País / Estado, Povo, Raça e Pátria.Nação: É o povo socialmente organizado e consciente de seus objetivos comuns, com suas idéias, língua, crenças e costumes. País/Estado: É o território ocupado pela população. É a organização política da nação através de um governo independente e soberano.Povo: São as pessoas que de alguma maneira tem ligação entre si, seja através da nação ou do país. Raça: Raça significa uma mesma descendência genética. Pessoas de uma mesma raça tendem a ser semelhantes no seu aspecto físico.Pátria: É o lado sentimental do conceito de país. É o lugar onde nascemos e nos sentimos irmanados ao povo que também ali nasceu, pelo mesmo sentimento de amor a terra e as suas raízes. 
 
 Bem, todos nós sabemos que Israel (Jacó), teve 12 filhos, e de sua descendência surgiram as 12 tribos de Israel que durante muito tempo habitaram a terra da Palestina. Após a morte do Rei Salomão, houve uma separação entre essas 12 tribos, ficando 10 tribos ao Norte da Palestina, que formaram o Reino de Israel com capital em Samaria, e 2 tribos ficaram ao Sul (Judá e Benjamin) e formaram o Reino de Judá.  O reino do Norte (10 tribos), com o tempo, perdeu a sua identidade, porém o reino do Sul (Judá) permaneceu unido.
 
 Cristo quando veio ao mundo, nasceu em  Belém da Judéia, portanto Cristo era Judeu. Os Judeus não aceitaram as idéias de Cristo e por isso mesmo o crucificaram. Os Judeus,  continuaram a seguir a lei de Moisés e ainda seguem até os dias de hoje.  Os Judeus, na época de Cristo eram um povo sem independência, sendo dominados pelo Império Romano. No entanto, eles desejavam muito a liberdade e fizeram um revolta contra Roma por volta do ano 70 DC. Porém, o pequeno país Judeu não teve muitas chances contra Roma. Foram derrotados e o Imperador Romano ordenou que todos os Judeus fossem expulsos de seu país. Assim sendo, Roma expulsou todo o povo Judeu daquela região e eles foram viver como peregrinos em outros países. Esse episódio ficou conhecido como a “Diáspora”.
 
 Com a ausência dos Judeus naquela região, logo aquelas terras foram tomadas por outros povos de descendência Árabe que passaram então a habitar aquele país.Portanto, o povo judeu, passou a não ter mais um país próprio. No entanto, as diversas famílias de Judeus que moravam espalhadas pelo mundo, nunca deixaram de manter as suas tradições, o contato, a sua religião, a língua, os costumes, etc.Embora vivendo em outros países, os Judeus procuravam não se misturar com os povos locais.Viviam sempre juntos e mantiveram a unidade mesmo sem ter um país próprio para viver. E isso durou por mais de 1860 anos!!! Era uma verdadeira nação sem um país, sem um governo próprio. 
 
 Os Judeus, por todos os países onde passaram, foram um povo que sempre se dedicou aos negócios e ao comércio. Eles eram bons negociantes e ganhavam muito dinheiro. Por esse motivo, eles eram muito invejados pelos povos dos países onde eles viviam.E essa inveja resultou em muitas perseguições ao povo Judeu. A maior delas aconteceu na Alemanha, entre 1920 e 1945, quando mais de 6 milhões de Judeus foram exterminados em Campos de Concentração pelos Nazistas, no episódio que ficou conhecido como o Holocausto dos Judeus.Porém, nos Estados Unidos, os Judeus se deram muito bem. Os Estados Unidos quando surgiram como país em 1774, adotaram o modelo de República Democrática, onde todos eram livres e o sucesso na vida só dependia do esforço individual de cada um.         
 
 Esse modelo de país foi o ideal para os Judeus e muitos deles foram morar lá. A Comunidade Judaica nos Estados Unidos ficou bastante forte e poderosa. Os Judeus passaram a influenciar nos Negócios e na Política Norte Americana. Por volta do ano de 1870, muitos Judeus ricos e influentes começaram a comprar terras na região da Palestina. O objetivo deles era comprar o máximo de terras na região onde antigamente viviam as 12 tribos de Israel. Alguns Judeus começaram a se mudar para lá. O sentimento Patriótico começou a ficar forte. Muitos tinham o sonho de criar novamente um país naquelas terras. 
 
 O problema é que naquelas terras já tinha um povo (os Palestinos) morando lá. O desejo dos Judeus de criarem um país independente levou muitos deles a formarem organizações militares. E foi assim que finalmente, após muitas lutas, foi criado em 1948 o estado de ISRAEL, com o apoio dos Estados Unidos e da Inglaterra. Era enfim, após 1880 anos, o retorno dos Judeus a sua Pátria, com a formação de um país livre, independente e governado por Judeus.
 
 No entanto, com a criação do estado Judeu, vários conflitos surgiram, principalmente com os Palestinos, que ficaram sem terra, e com os Mulçumanos daquela região em solidariedade aos Palestinos. Porém, com a ajuda financeira e militar dos EUA, Israel se mantém como país, mesmo cercado de inimigos por todos os lados. Israel recebe, por ano, cerca de 3 Bilhões de Dólares de ajuda Militar dos Estados Unidos. Israel tem hoje quase 7 milhões de habitantes, porém a maior colônia Judaica do mundo vive nos EUA, onde existem cerca de 9 milhões de Judeus.    

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