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Às Sete Igrejas da Ásia Menor

11 de Outubro de 2014

Valdenir Alves Ferreira

vferreiracps@gmail.com

sadoutrina.org - Biblioteca Digital - Trabalhos
   

As ruínas das Igrejas da Ásia Menor atualmente se encontram na Turquia
  

Apocalipse, capítulos 2 e 3
Introdução
 
Sábado, o sétimo dia, 11/10/2014. Agora são 16:20h e passo a escrever sobre as Sete Igrejas Ásia Menor, àquelas a quem foram endereçadas as cartas enviadas por Jesus. A Revelação foi dada por Deus a Jesus e Ele, o Filho amado, através de seu anjo enviou e as notificou ao seu servo, João Evangelista as coisas que brevemente devem acontecer. Apocalipse 1.1 e 2.

 
 Então tive o desejo de me aprofundar nestes escritos proféticos a fim de resultar em edificação espiritual não somente para a minha pessoa, mas para todos os irmãos da Sã Doutrina Espiritual do Sétimo, os quais amo grandemente e sem distinção alguma.
 
 Este desejo me aconteceu a partir de uma revelação recebida ao longo da última semana e notei que ardia muito em mim de forma que não pude esperar por muito tempo para registrar por escrito a inspiração que recebi.
 
 As cartas enviadas por Jesus visam a edificação espiritual de suas Igrejas. Na verdade a Bíblia Sagrada apresenta aqui o termo Igrejas (no plural) apenas para retratar que elas eram distintas entre si devido se localizarem em diferentes cidades, mas sabemos que a Igreja é uma só, no singular.
 
 A Igreja é fruto do sacrifício e do amor incondicional de Deus através de Jesus para com os homens. É nela que somos edificados espiritualmente para morada de Deus em Espírito e em verdade. Paulo aos Efésios 2.22.
 
 Jesus lançou a base estrutural da Igreja. Ele é o fundamento principal, o alicerce, a sustentação dos fiéis é providenciada por Ele. Então precisamos nos edificar Nele afim de que possamos resistir as investidas de satanás.
 
 A primeira Igreja de Jesus nasceu em Jerusalém, mas a maioria dos habitantes daquela grande cidade não quis fazer parte Igreja Primitiva. Ele chorou amargamente por Jerusalém. Ele desejava que ali houvesse uma grande Igreja, protegida embaixo de suas asas semelhante a galinha que acolhe seus filhinhos nos dias da grande tempestade.
 
 Mas como houve uma grande recusa do povo, sua Igreja em Jerusalém teve poucos seguidores. Jesus sofreu muito com isso como vemos em Mateus 23.37. Apesar de a Igreja ser o conjunto, a reunião, a congregação dos fiéis, Ela também pode ser compreendida como sendo os seguidores de forma individual.
 
 Após a morte e ressurreição de Jesus a Igreja se espalhou por muitas cidades através dos primeiros apóstolos e discípulos e, principalmente através da pregação de Paulo. Como a Igreja se espalhou e cresceu, infelizmente começaram a surgir problemas nas Igrejas (agora no plural por me referir as várias cidades onde havia as congregações locais).
 
 Através dos apóstolos primitivos, várias cartas foram escritas, mas após o primeiro século da era Cristã, estes apóstolos já haviam morrido em sua maioria. Restava ainda João que, na época de Jesus era um apóstolo muito jovem e por isso ele sobreviveu até o entorno do ano 100 DC.
 
 Mas João estava exilado em Patmos, sem condições adequadas para escrever e endereçar as cartas às Sete Igrejas da Ásia Menor. No tempo em que Paulo escreveu as Epístolas, embora perseguido Jesus lhe deu a inspiração, a condição de escrever e de endereçar às Igrejas.
 
 O exílio à que João estava confinado era terrivelmente devastador. Uma ilha deserta, cheia de animais peçonhentos e feras indomáveis. A situação era tão desfavorável que Jesus enviou as cartas prontas através de seu anjo e providenciou de alguma forma não revelada a nós que João apenas tivesse condição de endereçá-las às Sete Igrejas da Ásia Menor.
 
 Fiz essa introdução a fim de situar os irmãos no contexto histórico dos acontecimentos. Vamos às cartas:
 
 Primeira carta, à Igreja de Éfeso

2.1- Escreve ao Bispo da Igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
2.2- Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos;
2.3- e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
2.4- Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.
2.5- Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
2.6- Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.
2.7- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

Quando Jesus se dirige ao Bispo ou ao Anjo, dependendo da tradução Ele deseja atingir a Igreja inteira, mas como os ministrantes são constituídos pela inspiração do Espírito Santo, respeitosamente Ele trata da administração de sua Igreja através do Ministro.

A Igreja de Éfeso havia se esquecido do amor ao próximo, a primeira caridade, e Jesus incentiva que haja arrependimento e reconciliação com este mandamento.

Jesus faz ressalvas de que a Igreja aborrecia obras certamente reprovadas, às quais Ele também reprovava e promete dar uma recompensa maravilhosa àqueles que com arrependimento e amor puro voltassem a trilhar o caminho correto. Como é bom comer o fruto da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus. Esta é a recompensa prometida.

Em Éfeso como na maioria das Igrejas, Jesus elogiou inicialmente as obras, o trabalho, a paciência do Bispo e da Igreja. Existe uma lição importantíssima a ser extraída na forma de abordagem de Jesus.Geralmente nós, homens vemos primeiro os defeitos dos nossos irmãos, mas como Jesus é o Poder e a Sabedoria, primeiro Ele registra as qualidades e somente depois aponta as falhas. Concluindo Ele exorta ao arrependimento e promete recompensa em caso de vitória.

Ele é amável, compreensivo e tolerante, NÃO com o erro, mas com as pessoas. Ele DETESTA o pecado, mas ama o pecador. Este princípio é de difícil compreensão, inclusive por vários irmãos. Ele ama os ímpios e deseja que estes se arrependam e convertam e não voltem mais ao pecado. Foi dessa forma que Ele tratou o caso da mulher adúltera (João 8.1 ao 11).

Ele não é igual àqueles que só sabem apontar os erros e condenar os outros. Ao contrário, dá condições de reconciliação, mostra alternativas coerentes e incentiva de forma que os homens se sentem impelidos a buscar a salvação. Impelir é muito diferente de coagir. Essa é a forma de trabalho do nosso mestre Jesus.
 
Segunda carta, à Igreja de Esmirna

2.8- E ao Bispo da Igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
2.9- Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de satanás.
2.10- Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
2.11- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

O Bispo da Igreja de Esmirna também recebeu vários elogios de Jesus. Esmirna era uma Igreja abençoada e com muitas qualidades e dela não houve reclamações. Como é bom irmãos, que Jesus venha congregar conosco um dia e traga somente elogios.

Uma Igreja na qual não há reclamações do mestre, sem dúvidas Ela é muito mais produtiva do que as demais. As demais gastam tempo demasiado na resolução de problemas, discórdias, invejas, sentimentos facciosos e outros embaraços, mas a Igreja na qual não há reclamação do mestre é desimpedida. Ela pode se dedicar mais em conversões, em curas, em pregações aos irmãos e aos de fora.

Ela é organizada, planificada, adornada, bonita não somente no exterior, mas no interior. Seus membros são aplicados em suas tarefas congregacionais, nas coletas, nas ofertas e doações financeiras as quais são aplicadas no socorro aos necessitados, nas visitas aos órfãos, às viúvas, aos idosos e muito mais.

Seria a nossa Igreja ou congregação local semelhante à Igreja de Esmirna???
Se é, glória a Deus, mas se não é, precisamos reparar as nossas falhas. Veremos que nas outras Igrejas em que foram encontradas deficiências, Jesus sempre deu prazos e condições para que houvesse o concerto necessário.
 
Terceira carta, à Igreja de Pérgamo

2.12- E ao Bispo da Igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:
2.13- Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.
2.14- Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
2.15-Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.
2.16- Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
2.17- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

O Bispo da Igreja de Pérgamo também recebeu vários elogios de Jesus. Os irmãos de Pérgamo sempre confessaram o nome de Jesus. Certamente em quaisquer situações adversas eles falavam com satisfação que eram seguidores de Jesus, inclusive houve entre eles um irmão muitíssimo fiel por nome de Antipas, o qual foi morto por confessar o nome de Jesus.

Ao analisar este fato não pude conter as lágrimas que verteram dos meus próprios olhos em saber que o irmão Antipas perdeu sua vida por amor do evangelho eterno. Evangelho que liberta, que ressuscita, que conduz os fiéis ao paraíso afim de que as amarguras do tempo presente seja esquecidas para sempre. Certamente haveremos de encontra-lo no paraíso naquele dia em que o Senhor nos chamar.

Sobre as reparações, os concertos a serem feitos, Jesus diz ao bispo que umas poucas coisasprecisavam ser reparadas. As vezes temos uma falha pequena e dizemos a nós mesmos: isto é tão pequeno, é tão pouco que não me prejudica e não me tirará do Reino, mas Jesus nos mostra o engano em nos posicionarmos dessa maneira. Ele pensa diferente.

Se Jesus pensasse como nós, que as vezes achamos que as pequenas falhas não precisam ser corrigidas, Ele não teria alertado o Bispo da Igreja de Pérgamo. Ele quer sim, que as poucas ou pequenas coisas (falhas) sejam corrigidas.

No caso de Pérgamo, era a existência de alguns falsos irmãos que ensinavam enganos semelhantes à doutrina de Balaão e também a dos nicolaítas, fazendo os israelitas tropeçarem nas idolatrias e prostituições. Desde o velho testamento, Deus sempre detestou a idolatria e a prostituição e sabemos que Jesus tem a mesma natureza de Deus, aliás Ele disse aos judeus em João 10.30- Eu e o pai somos UM.

Havendo o arrependimento e a mudança de comportamento Jesus prometeu-lhes dar a comer do maná escondido, simbolizando um alimento especial, saboroso, deliciosamente preparado pelo mestre, que sacia a fome dos aflitos e os mantém alimentados para sempre no paraíso eterno.
 
Quarta carta, à Igreja de Tiatira

2.18- E ao Bispo da Igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente:
2.19- Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
2.20- Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
2.21- E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.
2.22- Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
2.23- E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
2.24- Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de satanás, que outra carga vos não porei.
2.25- Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
2.26- E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
2.27- e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai,
2.28- dar-lhe-ei a estrela da manhã.
2.29- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

O Bispo da Igreja de Tiatira também recebeu vários elogios de Jesus. Curioso é que Jesus sabe reconhecer o mérito. Os homens as vezes até notam que alguém merece elogios, mas o orgulho não lhes deixa proferir por achar que serão considerados inferiores.

Obras, fé, amor, paciência e progresso contínuo eram as qualidades. É muito bom verificar a análise de Jesus quando Este diz que as últimas obras da Igreja de Tiatira eram mais do que as primeiras. Significa que eles estavam convertendo no evangelho dia após dia. Eles não eram acomodados ou dormentes.

Eu e você estamos nos convertendo diariamente em Jesus? O que está faltando para que as nossas obras de hoje sejam mais perfeitas do que as de ontem?

Mas em Tiatira existia uma falsa profetisa que enganava os irmãos, os servos de Deus com idolatrias e prostituições. Notemos que o problema da Igreja de Pérgamo que estudamos anteriormente era este mesmo. Este problema, ou seja, a tolerância do bispo para com Jezabel deveria seria ser corrigido com urgência.

No caso da devassidão cometida por Jezabel, como ela não se arrependeu na chance que lhe fora dada, Jesus determinou uma terrível provação. Havia adultério entre eles, mas é bom notar que o adultério não é somente uma relação sexual ilícita. Existem outras possibilidades que podem ser enquadradas como adultério. Quando alguém muda um princípio certo estabelecendo algo errado no lugar é uma adulteração, um corrompimento da verdade.

Mas aos demais da Igreja de Tiatira que não se envolveram na devassidão e no corrompimento, Jesus promete que eles não sofrerão punições e mais: Daria-lhes o poder de governar as nações e as reger com justiça incorruptível. Fazer deles uma nação vitoriosa e soberana.
 
Quinta carta, à Igreja de Sardes

3.1- E ao Bispo da Igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
3.2- Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3.3- Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
3.4- Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
3.5- O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
3.6- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Infelizmente o Bispo da Igreja de Sardes não recebeu os elogios iniciais destinados aos Bispos das outras Igrejas. Jesus constatou que ele tinha apenas o nome de vivo, mas estava morto. Imaginemos a grande angústia que Jesus tinha em relação à Igreja de Sardes. Um Bispo que fora vencido pelas tentações e por elas estava derrotado.

Quantas incontáveis lágrimas Jesus já teria derramado por aquela Igreja? Seriam elas tão dolorosas quanto as que o mestre havia derramado no Getsêmani (Mateus 26.36 ao 45) no ano de sua crucificação?

Certamente eram lágrimas ainda mais dolorosas, pois no Getsêmani Jesus faria um sacrifício para salvar a humanidade. O pecado de toda a humanidade estava sobre Ele. Em relação à Igreja de Sardes, Jesus constata que o grande sacrifício do Getsêmani não havia produzido o resultado esperado.

Jesus o adverte com severidade, pois além dele estar morto, havia outros membros da Igreja que também estavam para morrer. Estavam envolvidos na mesma devassidão, nos mesmos costumes mundanos, na mentira, na embriaguez, na ira, no ódio, no adultério e em outros pecados abomináveis que conduzem os homens à morte espiritual.

Diz mais o mestre: Eu não achei as tuas obras perfeitas. Arrependa-se imediatamente, pois não sabes a hora em que entrarei em juízo contigo para dar a recompensa devida aos seus atos.

Apesar da grande escuridão, Jesus constatou que alguns membros mantinham-se fiéis e incontaminados e os convidou a andarem com Ele no seu reino, pois suas ações e comportamentos eram corretos. Prometeu ainda que eles seriam dignificados com vestes brancas e de forma alguma teriam seus nomes riscados do livro da vida.
 
Sexta carta, à Igreja de Filadélfia

3.7- E ao Bispo da Igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
3.8- Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
3.9- Eis que eu farei aos da sinagoga de satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
3.10- Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
3.11- Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
3.12- A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
3.13- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Assim como em Esmirna, Jesus encontrou em Filadélfia uma Igreja muito fiel e não poupou elogios ao Bispo. Devido à fidelidade Jesus manteve aquela Igreja em especial livramento mantendo a porta aberta a qual ninguém poderia fechar.

Havia ali um Bispo esforçado que, com poucas forças suportou todos os contratempos sem negar a verdade do evangelho. Prometeu a vitória sobre os inimigos, os quais haveriam de cair de joelhos ao chão e reconhecer que em Filadélfia havia uma Igreja autentica, dedicada e pura aos olhos do mestre.

Óh Filadélfia, os teus inimigos verão que eu te amo, te protejo e te guardarei no dia da tentação que há de vir sobre toda a terra.

Devido a fidelidade Jesus promete que brevemente fará o arrebatamento daquela Igreja, pois ela já estava pronta e consagrada para a elevação definitiva. Reforça o alerta para que eles não afrouxem a vigilância para que não percam os direitos já conquistados. Promete ainda que os fará semelhantes as colunas que sustentam o templo do seu eterno pai, que nunca perderiam essa especial condição conquistada a custa de extrema obediência e várias outras promessas.

Notemos que as recompensas de Filadélfia eram bem maiores do que aquelas que foram oferecidas as demais Igrejas, devido não haver reclamações contra ela. Precisamos congregar em Filadélfia, fazer da nossa Igreja local uma réplica fiel da Igreja de Filadélfia, pois assim teremos direito as mesmas recompensas.
 
Sétima carta, à Igreja de Laodicéia

3.14- E ao Bispo da Igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
3.15- Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!
3.16- Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
3.17- Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
3.18- aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.
3.19- Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
3.20- Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
3.21- Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
3.22- Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Ao Bispo da Igreja de Laodicéia, censura. A Igreja era indefinida, morna. Jesus ofereceu a ele a condição de ser lançado fora. É curioso notar que ele se achava completo revelando uma situação de hipocrisia. Foi preciso que Jesus declarasse sua situação como sendo de miséria absoluta e cegueira.

A repreensão de Jesus não pode ser vista como algo mal. Ao contrário Ele afirma que repreende e castiga aqueles a quem ama e novamente exorta o Bispo ao arrependimento. Aconselha ainda que sejam adquiridas vestes brancas, ou seja, o conhecimento da Palavra libertadora do evangelho sendo esta sua única opção para que fosse encoberta a vergonha da sua nudez.

Exorta-o a enxergar a verdade fazendo uso de um colírio especial que somente o mestre pode oferecer aqueles que desejam trilhar um novo caminho iluminado pela justiça divina. Mas a exortação de Jesus é uma opção que somente o Bispo de Laodicéia poderia aceitar. Jesus não se dispôs a forçá-lo:

Eis que estou a porta e bato. Somente se você abrir é que eu poderei entrar. Jesus é educado, gentil, nobre e cortez, mas àqueles que abrirem a porta, ou seja, abrirem o coração Ele entra e faz ali a Sua morada. Como é bom saber que Jesus pode morar em nossos corações. É diferente do homem inquilino que as vezes perturba o proprietário cedente de sua residência.

Jesus nunca perturba, pelo contrário, Ele ajuda e só permanece em nossa casa durante o tempo em que nós o aceitamos. Mas com a Sabedoria divina precisamos aceitá-lo em definitivo em nossos corações. Ele ajuda guardar a nossa vida espiritual durante o perigo da noite e das tempestades que por vezes parece nos derrubar. Ele combate com veemência os ladrões que buscam assolar a nossa casa para furtar as nossas posses.
 
Conclusão
 
Precisamos correr para aos braços de Jesus e desfrutar da Sua justiça e da Sua misericórdia. Somente Ele é capaz de enviar cartas especiais as quais nos são endereçadas diretamente do Reino dos Céus exortando a nos mantermos fiéis. Em todas as nossas dificuldades precisamos ir ao seu encontro não somente na esperança, mas também na certeza de Ele nos receberá e nos guardará no dia da adversidade.
 
Precisamos fazer com que a nossa Igreja local seja comparável à Esmirna ou Filadélfia, pois o Dono Verdadeiro da Igreja vai ficar muito satisfeito com a nossa meta. Com certeza Ele mesmo nos ajudará. Vale relembrar que contra estas duas Igrejas não houve reclamações por parte de Jesus.
 
Somente Ele pode perdoar. Ninguém mais. As mensagens contidas nas cartas enviadas às Sete Igrejas da Ásia Menor valeram naquele tempo, mas Jesus não muda sendo o mesmo ontem, hoje, amanhã e eternamente conforme está declarado em Hebreus 13.8. Com certeza Ele sempre deseja o nosso arrependimento e a nossa conversão e tem recompensas inenarráveis para nos conceder, caso aceitemos o seu livramento. Não precisaremos pagar nenhum preço para termos este privilégio, basta ACEITARMOS.
 
Esta é a mensagem que Ele me revelou nessa última semana e com muito prazer e satisfação eu acabei de registrar para todos os irmãos. Foram aproximadamente 5 horas escrevendo, mas eu creio que ela poderá fortalecer a confiança, o respeito e o amor em nosso Amigo Jesus.
 
Abraço e Paz de Deus a todos.
Em nome de Jesus, Amém.
21:42h
Valdenir Alves Ferreira

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