



Últimas Publicações

O Reino de Salomão
09 de Abril de 2013
Silvano Sá da Costa
silvaclarimi@yahoo.com.br
sadoutrina.org - Biblioteca Digital - Trabalhos
A duração do seu reino foi de quarenta anos sobre Israel, tendo como antecessor ao reino Davi, seu pai, e como sucessor a Roboão, seu filho.
Salomão era filho de Davi e Batseba (Bate-Sua), filha de Amiel (Eliã), ex-esposa de Urias (homem do exército de Davi). Teve muitas mulheres. Além de Naama, que foi mãe de Roboão, a filha de Faraó (rei do Egito) e mais mil mulheres (princesas e concubinas). Seu chefe do seu exército foi Benaia, filho de Joiada.
Os reis mencionados na Bíblia no período em que Salomão reinou foram: Hadade (rei da Síria, filho do rei de Edom, que se casou com a irmã de Tacpenes, esposa de Faraó, rei do Egito, o qual teve com ela um filho por nome Genubate); Hadadezer (rei de Zobá); Hirão (rei de Tiro), que fez aliança com Davi.
A duração do seu reino foi de quarenta anos sobre Israel, tendo como antecessor ao reino Davi, seu pai, e como sucessor a Roboão, seu filho.
Salomão era filho de Davi e Batseba (Bate-Sua), filha de Amiel (Eliã), ex-esposa de Urias (homem do exército de Davi). Teve muitas mulheres. Além de Naama, que foi mãe de Roboão, a filha de Faraó (rei do Egito) e mais mil mulheres (princesas e concubinas). Seu chefe do seu exército foi Benaia, filho de Joiada.
Os reis mencionados na Bíblia no período em que Salomão reinou foram: Hadade (rei da Síria, filho do rei de Edom, que se casou com a irmã de Tacpenes, esposa de Faraó, rei do Egito, o qual teve com ela um filho por nome Genubate); Hadadezer (rei de Zobá); Hirão (rei de Tiro), que fez aliança com Davi.
Salomão se assentou no trono de Davi, seu pai, e o seu reino se fortificou sobremaneira. Então veio Adonias, filho de Hagite, e pediu a Batseba para que falasse com Salomão para que ele desse Abisague, a sunamita, por mulher. E vindo ela para falar com o rei, assentou-se a sua direita e falou sobre a petição de Adonias, porém Salomão ao ouvir as suas palavras, enviou Benaia, filho de Joiada, o qual o matou. Quanto a Abiatar, o sacerdote, Salomão pediu-lhe que fosse para Anatote, pois era digno de morte, porém, por ter levado a arca do concerto diante de Davi, seu pai, não deu ordem para matá-lo e o lançou para fora para que não fosse sacerdote do Senhor, para cumprir a palavra de Deus que tinha dito sobre a casa de Eli em Silo.
Veio a fama até Joabe, que fugiu e pegou das pontas do altar. E disseram ao rei Salomão que Joabe tinha fugido para o tabernáculo do Senhor e então deu ordem para Benaia que o matasse. E veio Benaia ao tabernáculo do Senhor e disse para que Joabe saísse, porém este não saiu. E voltando Benaia após ter falado com Salomão, matou Joabe e o sepultou em sua casa, no deserto. E o rei pôs Benaia em lugar de Joabe sobre o exército e Zadoque, o sacerdote, pôs em lugar de Abiatar.
Depois, pediu para que chamasse Simei, filho de Gera (o que havia amaldiçoado Davi), e disse para que ele edificasse uma casa em Jerusalém e que de lá não saísse, porque no dia em passasse o ribeiro de Cedrom, certamente morreria. E Simei achou boa aquela palavra e habitou em Jerusalém muitos dias. Sucedeu, porém que, ao cabo de três anos, dois servos de Simei fugiram para Áquis, filho de Maaca, rei de Gate e sabendo ele, se levantou e albardou o seu jumento e foi a Gate para buscá-los, trazendo-os novamente para sua casa. E isto chegou ao conhecimento de Salomão, que ordenou a Benaia, o qual saiu e matou Simei.
Salomão tomou a filha de Faraó, rei do Egito, e a trouxe à cidade de Davi até que acabasse de edificar a sua casa, a casa do Senhor e a muralha de Jerusalém em roda. E foi o rei Salomão a Gibeom para lá sacrificar, porque era o alto grande; mil holocaustos sacrificaram naquele lugar e lá o Senhor apareceu de noite em sonhos, dizendo para que pedisse o que quisesse que lhe daria. E Salomão respondeu que queria sabedoria para julgar o povo.
Como não havia pedido a Deus riquezas, nem a vida dos seus inimigos, o Senhor Deus deu-lhe riquezas e glória, que não haveria igual entre os reis e se andasse nos caminhos de Deus e guardasse os seus estatutos e mandamentos, prolongaria os seus dias na Terra. E acordou Salomão e eis que era sonho. E veio a Jerusalém e pôs-se perante a arca do concerto do Senhor e lá ofereceu holocaustos e fez um banquete a todos os seus servos.
Vieram duas mulheres prostitutas perante o rei Salomão e uma delas tentou persuadi-lo com sua mentira, a respeito dos filhos que tiveram, levando-o perante a face do rei; porém Salomão logo descobriu qual era a verdadeira mãe do menino e o entregou em suas mãos. E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça.
O rei Salomão dominava sobre todos os reinos desde o rio até a terra dos filisteus e até o termo do Egito, os quais traziam presentes e serviram-no todos os dias da sua vida. Era o provimento de Salomão, cada dia, trinta coros da flor de farinha e sessenta coros de farinha; dez vacas gordas, vinte vacas de pasto, cem carneiros, afora os veados e as cabras monteses, os cordeiros e aves cevadas, porque dominava sobre tudo quanto havia da banda de cá do rio de Tifsa até Gaza, sobre todos os reis da banda de cá do rio e tinha paz de todas as bandas em roda dele.
Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira e figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão. Tinha também Salomão quarenta mil estrebarias de cavalos para os seus carros e doze mil cavaleiros. Seus provedores, cada um no mês, proviam ao rei Salomão e a todos quantos se chegavam à mesa do rei; coisa alguma deixava faltar. E traziam a cevada e a palha para os cavalos e ginetes.
Era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e dos egípcios. E disse três mil provérbios e foram os seus cânticos mil e cinco. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão.
Hirão, rei de Tiro, enviou os seus servos a Salomão, pois sempre tinha amado a Davi. E Salomão enviou uma mensagem a Hirão, solicitando que autorizasse que do Líbano cortassem cedros, faias e algumins e que enviasse um homem sábio para trabalhar em ouro, prata, bronze, ferro, púrpura, carmesim e azul e que soubesse lavrar ao buril juntamente com os sábios que estavam com ele em Jerusalém, os quais Davi, seu pai, os tinha preparado. E Hirão respondeu à sua mensagem, dizendo que os seus servos levariam o solicitado através de jangadas pelo mar até o lugar designado.
Assim deu Hirão madeira de cedros e madeira de faias e enviou conforme a vontade de Salomão, um homem sábio de grande entendimento, a saber, Hirão Abiu, filho duma mulher das filhas de Dã e cujo pai tinha sido homem de Tiro (possivelmente filho de uma mulher danita, ou seja, da cidade de Dã, porém da tribo de Naftali); este era hábil para o que Salomão havia solicitado e para todas as engenhosas invenções e cheio de sabedoria, de entendimento e de ciência para fazer toda a obra de cobre; este veio ao rei Salomão e fez toda a sua obra de bronze. E Salomão deu a Hirão vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa e vinte coros de azeite batido; isto dava Salomão a Hirão de ano em ano. E houve paz entre Hirão e Salomão e ambos fizeram aliança.
Salomão enviou ao Líbano trinta mil homens; cada mês dez mil por sua vez; e dois meses cada um em sua casa; e Adonirão estava sobre a leva de gente; setenta mil homens levavam as cargas e oitenta mil cortavam nas montanhas, afora os chefes dos oficiais de Salomão, os quais estavam sobre aquela obra, três mil e trezentos, que davam as ordens ao povo. E mandou o rei que trouxessem pedras grandes e preciosas, pedras lavradas para fundarem a casa e os edificadores de Hirão as lavraram. E os giblitas prepararam a madeira e as pedras para edificarem a casa.
No ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto de Salomão sobre Israel, no mês de Zive, que é o segundo mês, começou a edificar a casa do Senhor e no ano undécimo, no mês de Bul, que é o oitavo mês, se acabou esta casa com todas as suas dependências e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos. Porém a sua casa edificou Salomão em treze anos.
Então congregou Salomão os anciãos de Israel e todos os principais das tribos e os príncipes diante de si em Jerusalém para fazerem subir a arca do concerto do Senhor da cidade de Davi, que é Sião. E todos os homens de Israel se juntaram, na festa, ao rei Salomão no mês de Atanim, que é o sétimo mês. E vieram todos os anciãos de Israel e os sacerdotes alçaram a arca a trouxeram para cima e toda a congregação estava diante dela, sacrificando ovelhas e vacas, que não podia se contar nem numerar pela multidão. Em II Crônicas, 5:10 é relatado que na arca nada havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera diante de Horebe; porém o apóstolo Paulo relata nas cartas aos Hebreus, 9:4 que a arca do concerto era coberta de ouro ao redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Aarão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto (dos dez mandamentos).
Com relação ao maná, observamos em Êxodo 16:33, onde relata que Moisés disse a Aarão para que tomasse um vaso e colocasse nele um gômer cheio de maná e pusesse diante do Senhor, em guarda para as gerações. Quanto a vara de Aarão, nós observamos que em Números, cap.17 é relatado sobre o florescimento dessa vara, a qual foi colocada juntamente com outras onze varas na tenda da congregação, a pedido de Deus, que falara com Moisés
Os levitas, cantores de todos eles, de Asafe, de Hemã, de Jedutum, seus filhos e seus irmãos, vestidos de linho fino, com címbalos, alaúdes e harpas, estavam em pé para o oriente do altar e com eles cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas. E uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor.
Sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor e não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor. E pôs-se Salomão diante do altar do Senhor em frente de toda a congregação de Israel e estendendo as suas mãos para os céus, orou a Deus. Sucedeu que acabando Salomão de fazer ao Senhor essa oração e súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, levantou-se diante do altar do Senhor e abençoou toda a congregação em alta voz. E o rei e todo o Israel com ele sacrificaram sacrifícios perante a face do Senhor; e Salomão ofereceu em sacrifício pacífico vinte e duas mil vacas e cento e vinte mil ovelhas; assim o rei e todos os filhos de Israel consagraram a casa do Senhor.
No mesmo dia santificou o rei o meio do átrio que estava diante da casa do Senhor, porquanto ali preparara os holocaustos e as ofertas com gordura, porque o altar de cobre que estava diante da face do Senhor era muito pequeno para nele caberem os holocaustos, as ofertas e a gordura dos sacrifícios pacíficos. No mesmo tempo Salomão celebrou a festa e todo o Israel com ele, desde a entrada de Hamate até o rio do Egito, por catorze dias. Depois despediu todo o povo e eles abençoaram o rei; então se foram às suas tendas, alegres e gozosos de coração, por causa de todo o bem que o Senhor fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.
Ao fim de vinte anos que Salomão edificara a casa do Senhor e a casa do rei, então deu a Hirão vinte cidades na terra de Galiléia; e saiu Hirão a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não foram boas aos seus olhos; e chamou-as de Terra de Cabuli. E enviara Hirão a Salomão cento e vinte talentos de ouro.
Ouvindo a rainha de Sabá a fama de Salomão, acerca do nome do Senhor, veio a Jerusalém para prová-lo por enigmas, trazendo consigo um grande exército, com camelos carregados de especiarias, muitíssimo ouro e pedras preciosas, dizendo-lhe tudo quanto tinha no seu coração. Vendo a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão e a casa que edificara, a comida da sua casa, o assentar dos seus servos, o estar de seus criados, os vestidos deles, os seus copeiros e a sua subida, pela qual subia à casa do Senhor, não houve mais espírito nela. E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro e muitíssimas especiarias e pedras preciosas; nunca veio especiaria em tanta abundância, como a que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão; também as naus de Hirão, que de Ofir levavam ouro, traziam de Ofir muitíssima madeira de almugue e pedras preciosas; e desta madeira de almugue fez o rei balaústres para a casa do Senhor e para a casa do rei, como também harpas e alaúdes para os cantores. E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto lhe pediu o seu desejo, além do que lhe deu. Então voltou e partiu para a sua terra com os seus servos.
Quanto às riquezas de Salomão, o peso do ouro que se trazia a ele cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro, além do que vinha dos vendedores ambulantes, do tráfico dos negociantes, de todos os reis da Arábia e dos governadores do país. Também o rei Salomão fez duzentos paveses de ouro batido; de seiscentos siclos de ouro mandou fazer cada pavê. Do mesmo modo fez também trezentos escudos de ouro batido; de três minas de ouro mandou fazer cada escudo. Então o rei os pôs na casa do bosque do Líbano. Fez também um grande trono de marfim e o revestiu de ouro puríssimo. Tinha o trono seis degraus e o alto do trono era redondo pelo espaldar; de ambos os lados tinha braços junto ao assento e dois leões em pé junto aos braços.
E sobre os seis degraus havia doze leões de ambos os lados; outro tal não se fizera em reino algum. Também todos os vasos de beber do rei Salomão eram de ouro e todos os vasos da casa do bosque do Líbano eram de ouro puro; não havia nenhum de prata, porque nos dias de Salomão a prata não tinha estimação alguma, porque o rei tinha no mar uma frota de Társis, com a de Hirão; de três em três anos a frota de Társis voltava, trazendo ouro e prata, marfim, bugios e pavões.
Assim o rei Salomão excedeu a todos os reis da terra, tanto em riquezas como em sabedoria. E toda a terra buscava a presença de Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha posto no coração. Cada um trazia seu presente, vasos de prata, vasos de ouro, vestidos, armaduras, especiarias, cavalos e mulas; isso se fazia a cada ano.
Também ajuntou Salomão carros e cavaleiros, de sorte que tinha mil e quatrocentos carros e doze mil cavaleiros e os distribuiu pelas cidades e junto ao rei em Jerusalém. E o rei tornou a prata tão comum em Jerusalém como as pedras, e os cedros tantos em abundância como os sicômoros que há pelas campinas. Os cavalos que Salomão tinha eram trazidos do Egito e de Coa; os mercadores do rei os recebiam de Coa por preço determinado. E subia e saía um carro do Egito por seiscentos siclos de prata e um cavalo por cento e cinqüenta siclos; e assim, por intermédio desses mercadores, eram exportados para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria.
E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas e, além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, iduméias, sidônias e hetéias. E tinha setecentas mulheres princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai, porque andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios e de Milcom, deus dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do Senhor e não perseverou em segui-lo, como o seu pai Davi. E edificou um alto a Camós, deus dos moabitas e a Moloque, deus dos amonitas.
Com isso, o Senhor Deus se indignou contra Salomão, porquanto desviara o seu coração, ao qual duas vezes lhe aparecera e acerca desta matéria lhe tinha dado ordem que não andasse em seguimento de outros deuses; porém não guardou o que o Senhor lhe ordenara, fazendo com que Deus levantasse a Salomão um adversário: Hadade, o edomeu, da semente do rei em Edom. Hadade tinha fugido de Edom quando Joabe, chefe do exército de Davi, feriu a todo o varão dessa cidade. E fugiu Hadade para o Egito, sendo nessa época um rapaz pequeno, e Faraó deu-lhe uma casa e prometeu sustento, dando-lhe uma terra. E achando graça aos olhos de Faraó, casou-se com a irmã de Tacpenes, mulher do rei do Egito, tendo um filho chamado de Genubate, o qual estava na casa de Faraó, entre os seus filhos.
Também Deus levantou a Salomão outro adversário: Rezom, filho de Eliada, que tinha fugido de seu senhor Hadadezer, rei de Zobá. Até Jeroboão, filho de Nebate, servo de Salomão, foi seu adversário, porque Salomão tinha edificado a Milo e cerrou as aberturas da cidade de Davi. E Salomão procurou matá-lo, porém Jeroboão fugiu para o Egito, perante o rei Sisaque e esteve lá até a morte de Salomão. Jeroboão foi mais tarde rei de Israel, sendo este o que levou dez tribos que estavam com Roboão, filho de Salomão.
A morte de Salomão foi provavelmente natural, pois na Bíblia não é mencionada a causa de sua morte. Consta que adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai (I Reis 11:43).
Veio a fama até Joabe, que fugiu e pegou das pontas do altar. E disseram ao rei Salomão que Joabe tinha fugido para o tabernáculo do Senhor e então deu ordem para Benaia que o matasse. E veio Benaia ao tabernáculo do Senhor e disse para que Joabe saísse, porém este não saiu. E voltando Benaia após ter falado com Salomão, matou Joabe e o sepultou em sua casa, no deserto. E o rei pôs Benaia em lugar de Joabe sobre o exército e Zadoque, o sacerdote, pôs em lugar de Abiatar.
Depois, pediu para que chamasse Simei, filho de Gera (o que havia amaldiçoado Davi), e disse para que ele edificasse uma casa em Jerusalém e que de lá não saísse, porque no dia em passasse o ribeiro de Cedrom, certamente morreria. E Simei achou boa aquela palavra e habitou em Jerusalém muitos dias. Sucedeu, porém que, ao cabo de três anos, dois servos de Simei fugiram para Áquis, filho de Maaca, rei de Gate e sabendo ele, se levantou e albardou o seu jumento e foi a Gate para buscá-los, trazendo-os novamente para sua casa. E isto chegou ao conhecimento de Salomão, que ordenou a Benaia, o qual saiu e matou Simei.
Salomão tomou a filha de Faraó, rei do Egito, e a trouxe à cidade de Davi até que acabasse de edificar a sua casa, a casa do Senhor e a muralha de Jerusalém em roda. E foi o rei Salomão a Gibeom para lá sacrificar, porque era o alto grande; mil holocaustos sacrificaram naquele lugar e lá o Senhor apareceu de noite em sonhos, dizendo para que pedisse o que quisesse que lhe daria. E Salomão respondeu que queria sabedoria para julgar o povo.
Como não havia pedido a Deus riquezas, nem a vida dos seus inimigos, o Senhor Deus deu-lhe riquezas e glória, que não haveria igual entre os reis e se andasse nos caminhos de Deus e guardasse os seus estatutos e mandamentos, prolongaria os seus dias na Terra. E acordou Salomão e eis que era sonho. E veio a Jerusalém e pôs-se perante a arca do concerto do Senhor e lá ofereceu holocaustos e fez um banquete a todos os seus servos.
Vieram duas mulheres prostitutas perante o rei Salomão e uma delas tentou persuadi-lo com sua mentira, a respeito dos filhos que tiveram, levando-o perante a face do rei; porém Salomão logo descobriu qual era a verdadeira mãe do menino e o entregou em suas mãos. E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça.
O rei Salomão dominava sobre todos os reinos desde o rio até a terra dos filisteus e até o termo do Egito, os quais traziam presentes e serviram-no todos os dias da sua vida. Era o provimento de Salomão, cada dia, trinta coros da flor de farinha e sessenta coros de farinha; dez vacas gordas, vinte vacas de pasto, cem carneiros, afora os veados e as cabras monteses, os cordeiros e aves cevadas, porque dominava sobre tudo quanto havia da banda de cá do rio de Tifsa até Gaza, sobre todos os reis da banda de cá do rio e tinha paz de todas as bandas em roda dele.
Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira e figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão. Tinha também Salomão quarenta mil estrebarias de cavalos para os seus carros e doze mil cavaleiros. Seus provedores, cada um no mês, proviam ao rei Salomão e a todos quantos se chegavam à mesa do rei; coisa alguma deixava faltar. E traziam a cevada e a palha para os cavalos e ginetes.
Era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e dos egípcios. E disse três mil provérbios e foram os seus cânticos mil e cinco. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão.
Hirão, rei de Tiro, enviou os seus servos a Salomão, pois sempre tinha amado a Davi. E Salomão enviou uma mensagem a Hirão, solicitando que autorizasse que do Líbano cortassem cedros, faias e algumins e que enviasse um homem sábio para trabalhar em ouro, prata, bronze, ferro, púrpura, carmesim e azul e que soubesse lavrar ao buril juntamente com os sábios que estavam com ele em Jerusalém, os quais Davi, seu pai, os tinha preparado. E Hirão respondeu à sua mensagem, dizendo que os seus servos levariam o solicitado através de jangadas pelo mar até o lugar designado.
Assim deu Hirão madeira de cedros e madeira de faias e enviou conforme a vontade de Salomão, um homem sábio de grande entendimento, a saber, Hirão Abiu, filho duma mulher das filhas de Dã e cujo pai tinha sido homem de Tiro (possivelmente filho de uma mulher danita, ou seja, da cidade de Dã, porém da tribo de Naftali); este era hábil para o que Salomão havia solicitado e para todas as engenhosas invenções e cheio de sabedoria, de entendimento e de ciência para fazer toda a obra de cobre; este veio ao rei Salomão e fez toda a sua obra de bronze. E Salomão deu a Hirão vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa e vinte coros de azeite batido; isto dava Salomão a Hirão de ano em ano. E houve paz entre Hirão e Salomão e ambos fizeram aliança.
Salomão enviou ao Líbano trinta mil homens; cada mês dez mil por sua vez; e dois meses cada um em sua casa; e Adonirão estava sobre a leva de gente; setenta mil homens levavam as cargas e oitenta mil cortavam nas montanhas, afora os chefes dos oficiais de Salomão, os quais estavam sobre aquela obra, três mil e trezentos, que davam as ordens ao povo. E mandou o rei que trouxessem pedras grandes e preciosas, pedras lavradas para fundarem a casa e os edificadores de Hirão as lavraram. E os giblitas prepararam a madeira e as pedras para edificarem a casa.
No ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto de Salomão sobre Israel, no mês de Zive, que é o segundo mês, começou a edificar a casa do Senhor e no ano undécimo, no mês de Bul, que é o oitavo mês, se acabou esta casa com todas as suas dependências e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos. Porém a sua casa edificou Salomão em treze anos.
Então congregou Salomão os anciãos de Israel e todos os principais das tribos e os príncipes diante de si em Jerusalém para fazerem subir a arca do concerto do Senhor da cidade de Davi, que é Sião. E todos os homens de Israel se juntaram, na festa, ao rei Salomão no mês de Atanim, que é o sétimo mês. E vieram todos os anciãos de Israel e os sacerdotes alçaram a arca a trouxeram para cima e toda a congregação estava diante dela, sacrificando ovelhas e vacas, que não podia se contar nem numerar pela multidão. Em II Crônicas, 5:10 é relatado que na arca nada havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera diante de Horebe; porém o apóstolo Paulo relata nas cartas aos Hebreus, 9:4 que a arca do concerto era coberta de ouro ao redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Aarão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto (dos dez mandamentos).
Com relação ao maná, observamos em Êxodo 16:33, onde relata que Moisés disse a Aarão para que tomasse um vaso e colocasse nele um gômer cheio de maná e pusesse diante do Senhor, em guarda para as gerações. Quanto a vara de Aarão, nós observamos que em Números, cap.17 é relatado sobre o florescimento dessa vara, a qual foi colocada juntamente com outras onze varas na tenda da congregação, a pedido de Deus, que falara com Moisés
Os levitas, cantores de todos eles, de Asafe, de Hemã, de Jedutum, seus filhos e seus irmãos, vestidos de linho fino, com címbalos, alaúdes e harpas, estavam em pé para o oriente do altar e com eles cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas. E uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor.
Sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor e não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor. E pôs-se Salomão diante do altar do Senhor em frente de toda a congregação de Israel e estendendo as suas mãos para os céus, orou a Deus. Sucedeu que acabando Salomão de fazer ao Senhor essa oração e súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, levantou-se diante do altar do Senhor e abençoou toda a congregação em alta voz. E o rei e todo o Israel com ele sacrificaram sacrifícios perante a face do Senhor; e Salomão ofereceu em sacrifício pacífico vinte e duas mil vacas e cento e vinte mil ovelhas; assim o rei e todos os filhos de Israel consagraram a casa do Senhor.
No mesmo dia santificou o rei o meio do átrio que estava diante da casa do Senhor, porquanto ali preparara os holocaustos e as ofertas com gordura, porque o altar de cobre que estava diante da face do Senhor era muito pequeno para nele caberem os holocaustos, as ofertas e a gordura dos sacrifícios pacíficos. No mesmo tempo Salomão celebrou a festa e todo o Israel com ele, desde a entrada de Hamate até o rio do Egito, por catorze dias. Depois despediu todo o povo e eles abençoaram o rei; então se foram às suas tendas, alegres e gozosos de coração, por causa de todo o bem que o Senhor fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.
Ao fim de vinte anos que Salomão edificara a casa do Senhor e a casa do rei, então deu a Hirão vinte cidades na terra de Galiléia; e saiu Hirão a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não foram boas aos seus olhos; e chamou-as de Terra de Cabuli. E enviara Hirão a Salomão cento e vinte talentos de ouro.
Ouvindo a rainha de Sabá a fama de Salomão, acerca do nome do Senhor, veio a Jerusalém para prová-lo por enigmas, trazendo consigo um grande exército, com camelos carregados de especiarias, muitíssimo ouro e pedras preciosas, dizendo-lhe tudo quanto tinha no seu coração. Vendo a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão e a casa que edificara, a comida da sua casa, o assentar dos seus servos, o estar de seus criados, os vestidos deles, os seus copeiros e a sua subida, pela qual subia à casa do Senhor, não houve mais espírito nela. E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro e muitíssimas especiarias e pedras preciosas; nunca veio especiaria em tanta abundância, como a que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão; também as naus de Hirão, que de Ofir levavam ouro, traziam de Ofir muitíssima madeira de almugue e pedras preciosas; e desta madeira de almugue fez o rei balaústres para a casa do Senhor e para a casa do rei, como também harpas e alaúdes para os cantores. E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto lhe pediu o seu desejo, além do que lhe deu. Então voltou e partiu para a sua terra com os seus servos.
Quanto às riquezas de Salomão, o peso do ouro que se trazia a ele cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro, além do que vinha dos vendedores ambulantes, do tráfico dos negociantes, de todos os reis da Arábia e dos governadores do país. Também o rei Salomão fez duzentos paveses de ouro batido; de seiscentos siclos de ouro mandou fazer cada pavê. Do mesmo modo fez também trezentos escudos de ouro batido; de três minas de ouro mandou fazer cada escudo. Então o rei os pôs na casa do bosque do Líbano. Fez também um grande trono de marfim e o revestiu de ouro puríssimo. Tinha o trono seis degraus e o alto do trono era redondo pelo espaldar; de ambos os lados tinha braços junto ao assento e dois leões em pé junto aos braços.
E sobre os seis degraus havia doze leões de ambos os lados; outro tal não se fizera em reino algum. Também todos os vasos de beber do rei Salomão eram de ouro e todos os vasos da casa do bosque do Líbano eram de ouro puro; não havia nenhum de prata, porque nos dias de Salomão a prata não tinha estimação alguma, porque o rei tinha no mar uma frota de Társis, com a de Hirão; de três em três anos a frota de Társis voltava, trazendo ouro e prata, marfim, bugios e pavões.
Assim o rei Salomão excedeu a todos os reis da terra, tanto em riquezas como em sabedoria. E toda a terra buscava a presença de Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha posto no coração. Cada um trazia seu presente, vasos de prata, vasos de ouro, vestidos, armaduras, especiarias, cavalos e mulas; isso se fazia a cada ano.
Também ajuntou Salomão carros e cavaleiros, de sorte que tinha mil e quatrocentos carros e doze mil cavaleiros e os distribuiu pelas cidades e junto ao rei em Jerusalém. E o rei tornou a prata tão comum em Jerusalém como as pedras, e os cedros tantos em abundância como os sicômoros que há pelas campinas. Os cavalos que Salomão tinha eram trazidos do Egito e de Coa; os mercadores do rei os recebiam de Coa por preço determinado. E subia e saía um carro do Egito por seiscentos siclos de prata e um cavalo por cento e cinqüenta siclos; e assim, por intermédio desses mercadores, eram exportados para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria.
E o rei Salomão amou muitas mulheres estranhas e, além da filha de Faraó, moabitas, amonitas, iduméias, sidônias e hetéias. E tinha setecentas mulheres princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai, porque andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios e de Milcom, deus dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do Senhor e não perseverou em segui-lo, como o seu pai Davi. E edificou um alto a Camós, deus dos moabitas e a Moloque, deus dos amonitas.
Com isso, o Senhor Deus se indignou contra Salomão, porquanto desviara o seu coração, ao qual duas vezes lhe aparecera e acerca desta matéria lhe tinha dado ordem que não andasse em seguimento de outros deuses; porém não guardou o que o Senhor lhe ordenara, fazendo com que Deus levantasse a Salomão um adversário: Hadade, o edomeu, da semente do rei em Edom. Hadade tinha fugido de Edom quando Joabe, chefe do exército de Davi, feriu a todo o varão dessa cidade. E fugiu Hadade para o Egito, sendo nessa época um rapaz pequeno, e Faraó deu-lhe uma casa e prometeu sustento, dando-lhe uma terra. E achando graça aos olhos de Faraó, casou-se com a irmã de Tacpenes, mulher do rei do Egito, tendo um filho chamado de Genubate, o qual estava na casa de Faraó, entre os seus filhos.
Também Deus levantou a Salomão outro adversário: Rezom, filho de Eliada, que tinha fugido de seu senhor Hadadezer, rei de Zobá. Até Jeroboão, filho de Nebate, servo de Salomão, foi seu adversário, porque Salomão tinha edificado a Milo e cerrou as aberturas da cidade de Davi. E Salomão procurou matá-lo, porém Jeroboão fugiu para o Egito, perante o rei Sisaque e esteve lá até a morte de Salomão. Jeroboão foi mais tarde rei de Israel, sendo este o que levou dez tribos que estavam com Roboão, filho de Salomão.
A morte de Salomão foi provavelmente natural, pois na Bíblia não é mencionada a causa de sua morte. Consta que adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai (I Reis 11:43).
547
Categorias