IV- Desafios Para Liderados Cristãos

22 de Maio de 2020
fatuch@uol.com.br
José Fatuch Júnior
sadoutrina.org - Biblioteca Digital - Trabalhos
De início, relembremos algumas passagens bíblicas para ilustrar os vários tipos de instabilidades que podem ocorrer na relação entre lideranças e liderados.
Uma delas foi a tentativa de usurpar a posição de Moisés, envidada por Coré, Datã e Abião, na qual o resultado acabou sendo catastrófico para as famílias dos revoltosos, conforme relatado em Números 16.30.
Em outra ocasião, descrita no livro de Números (capítulo 12), um início de contestação quanto à posição ocupada por Moisés, por parte de Aarão e sua irmã, foi motivo da ira de DEUS, pois o Profeta era o seu ungido.
Desses dois episódios extraímos vários ensinamentos valiosos, mas o principal é que devemos demonstrar muito respeito para com líderes e autoridades, constituídas legalmente ou mediante desígnios religiosos, pois DEUS não gostou e não gosta de rebeliões desse tipo.
O Rei Davi, então um jovem guerreiro, mostrou saber bem disso (1 Samuel 24.21-22) quando, diante de circunstâncias que o induziam a assumir o poder, se eximiu de atacar o Rei Saul por reconhecê-lo como um ungido do Senhor.
O próprio Jesus Cristo, em várias oportunidades, foi e orientou seus discípulos a serem respeitosos perante autoridades. Paulo de Tarso conclamou seu pupilo Timóteo a realizar orações por reis, governantes e pessoas em eminência, para que houvesse paz no meio do povo (Ver Timóteo 2.1.3).
Diante disso, passamos a elencar algumas atitudes que consideramos desaconselháveis por parte dos seguidores de qualquer doutrina Cristã em relação às suas lideranças e autoridades religiosas ou seculares, a saber:
- Desafio gratuito às lideranças, com críticas desnecessárias ou destrutivas;
- Má vontade em prestar colaboração, quando possível ou necessário;
- Falta de compreensão quanto ao fato de que os líderes são pessoas sujeitas às mesmas dificuldades com que qualquer um de nós costuma se deparar;
- Exigência de que sejam apresentadas soluções satisfatórias para todas as problematizações (e tais soluções tendem a ser consideradas satisfatórias apenas se vierem ao encontro de suas próprias ideias, na maioria dos casos);
- Falta de atenção para com os responsáveis pela condução de cultos, pregações, celebrações, apresentações de trabalhos e outros eventos.
Os frutos vinculados a tais comportamentos costumam ser intrigas, perda de tempo de ambas as partes, maus resultados nas interações, enfraquecimento do grupo, prejuízos na administração e na absorção de ensinamentos, divisões etc.
Por exemplo, são muitas as ocasiões em que o Senhor nos direciona a sua palavra, com exortações, correções, instruções e muito mais. Isso pode ocorrer em cultos, reuniões de estudos bíblicos ou outros eventos religiosos, mas se não estivermos atentos não perceberemos o que Deus estaria querendo falar-nos.
Outro exemplo: Em vez de criticar gratuitamente, isto é, sem fazer nada para ajudar, por que não contribuir para a solução do problema que nos está causando incômodo? Vamos auxiliar a fazer as mudanças que queremos ver implantadas.
Acrescente-se, também, que lideranças podem ser exercidas por quaisquer pessoas, a depender das circunstâncias. O que não se vê tão facilmente é algum grupo de pessoas atuando sem a presença de um líder, formal ou informal.
Em nossos lares, por exemplo, o marido e a mulher, cada qual na área em que detiverem maior aptidão, podem (e devem) revezar-se na liderança da família, sem nenhum problema. Dependendo da atividade ou assunto a ser desenvolvido, o comando pode ser assumido até por um dos filhos mais bem preparados.
Lembramos, porém, que, aquele que for encarregado pela condução do grupo deverá revestir-se dos mesmos requisitos necessários para a prática de uma boa liderança. O carisma, um dom presente nos líderes natos, não pode ser adquirido por vontade própria e nem imitado, mas não é indispensável, desde que se procure desenvolver outros atributos de relevância para os líderes.
Assuntos polêmicos ou nos quais haja pontos de discordância entre os pares de um casal deverão ser discutidos previa e pacientemente, preferencialmente com o acompanhamento de orações, para que haja solução satisfatória e se evite que discussões mais ásperas sejam desenvolvidas em frente aos filhos (trazendo prejuízos à sua formação) ou venham a prejudicar a dedicação aos cultos.
Por outro lado, reforçamos a importância de sermos agradecidos e dedicarmos orações em favor daqueles ou daquelas que nos lideram nas obras e atividades relacionadas à doutrina Cristã, reconhecendo o seu esforço em prol da divulgação da palavra de Deus e dos ensinamentos de Cristo.
Isso foi prescrito por Paulo em I Tessalonicenses 5.12-13, ocasião em que recomendou consideração e amor especiais para com essas pessoas, que se afadigam por nós. Ele apresentou instruções semelhantes em Hebreus 13.17 e em várias outras oportunidades.
Finalmente, lembremos que familiares e pessoas próximas às lideranças tendem a ser os mais intensamente submetidos aos sacrifícios típicos das iniciativas de médio ou grande vulto, sendo fácil de perceber o quão cansativas são as rotinas dos cônjuges, parentes e amigos mais íntimos daqueles que desempenham algum papel de comando. São sempre os primeiros a chegar e os últimos a sair de qualquer evento, além de pouco aproveitarem as oportunidades de comunicação ou interação ali proporcionadas. Por isso também merecem todo o nosso respeito e reconhecimento.
Assim, concluímos este breve trabalho, sem a pretensão de se referir direta ou indiretamente a qualquer líder religioso ou secular e muito menos de esgotar um assunto tão importante.
De início, relembremos algumas passagens bíblicas para ilustrar os vários tipos de instabilidades que podem ocorrer na relação entre lideranças e liderados.
Uma delas foi a tentativa de usurpar a posição de Moisés, envidada por Coré, Datã e Abião, na qual o resultado acabou sendo catastrófico para as famílias dos revoltosos, conforme relatado em Números 16.30.
Em outra ocasião, descrita no livro de Números (capítulo 12), um início de contestação quanto à posição ocupada por Moisés, por parte de Aarão e sua irmã, foi motivo da ira de DEUS, pois o Profeta era o seu ungido.
Desses dois episódios extraímos vários ensinamentos valiosos, mas o principal é que devemos demonstrar muito respeito para com líderes e autoridades, constituídas legalmente ou mediante desígnios religiosos, pois DEUS não gostou e não gosta de rebeliões desse tipo.
O Rei Davi, então um jovem guerreiro, mostrou saber bem disso (1 Samuel 24.21-22) quando, diante de circunstâncias que o induziam a assumir o poder, se eximiu de atacar o Rei Saul por reconhecê-lo como um ungido do Senhor.
O próprio Jesus Cristo, em várias oportunidades, foi e orientou seus discípulos a serem respeitosos perante autoridades. Paulo de Tarso conclamou seu pupilo Timóteo a realizar orações por reis, governantes e pessoas em eminência, para que houvesse paz no meio do povo (Ver Timóteo 2.1.3).
Diante disso, passamos a elencar algumas atitudes que consideramos desaconselháveis por parte dos seguidores de qualquer doutrina Cristã em relação às suas lideranças e autoridades religiosas ou seculares, a saber:
- Desafio gratuito às lideranças, com críticas desnecessárias ou destrutivas;
- Má vontade em prestar colaboração, quando possível ou necessário;
- Falta de compreensão quanto ao fato de que os líderes são pessoas sujeitas às mesmas dificuldades com que qualquer um de nós costuma se deparar;
- Exigência de que sejam apresentadas soluções satisfatórias para todas as problematizações (e tais soluções tendem a ser consideradas satisfatórias apenas se vierem ao encontro de suas próprias ideias, na maioria dos casos);
- Falta de atenção para com os responsáveis pela condução de cultos, pregações, celebrações, apresentações de trabalhos e outros eventos.
Os frutos vinculados a tais comportamentos costumam ser intrigas, perda de tempo de ambas as partes, maus resultados nas interações, enfraquecimento do grupo, prejuízos na administração e na absorção de ensinamentos, divisões etc.
Por exemplo, são muitas as ocasiões em que o Senhor nos direciona a sua palavra, com exortações, correções, instruções e muito mais. Isso pode ocorrer em cultos, reuniões de estudos bíblicos ou outros eventos religiosos, mas se não estivermos atentos não perceberemos o que Deus estaria querendo falar-nos.
Outro exemplo: Em vez de criticar gratuitamente, isto é, sem fazer nada para ajudar, por que não contribuir para a solução do problema que nos está causando incômodo? Vamos auxiliar a fazer as mudanças que queremos ver implantadas.
Acrescente-se, também, que lideranças podem ser exercidas por quaisquer pessoas, a depender das circunstâncias. O que não se vê tão facilmente é algum grupo de pessoas atuando sem a presença de um líder, formal ou informal.
Em nossos lares, por exemplo, o marido e a mulher, cada qual na área em que detiverem maior aptidão, podem (e devem) revezar-se na liderança da família, sem nenhum problema. Dependendo da atividade ou assunto a ser desenvolvido, o comando pode ser assumido até por um dos filhos mais bem preparados.
Lembramos, porém, que, aquele que for encarregado pela condução do grupo deverá revestir-se dos mesmos requisitos necessários para a prática de uma boa liderança. O carisma, um dom presente nos líderes natos, não pode ser adquirido por vontade própria e nem imitado, mas não é indispensável, desde que se procure desenvolver outros atributos de relevância para os líderes.
Assuntos polêmicos ou nos quais haja pontos de discordância entre os pares de um casal deverão ser discutidos previa e pacientemente, preferencialmente com o acompanhamento de orações, para que haja solução satisfatória e se evite que discussões mais ásperas sejam desenvolvidas em frente aos filhos (trazendo prejuízos à sua formação) ou venham a prejudicar a dedicação aos cultos.
Por outro lado, reforçamos a importância de sermos agradecidos e dedicarmos orações em favor daqueles ou daquelas que nos lideram nas obras e atividades relacionadas à doutrina Cristã, reconhecendo o seu esforço em prol da divulgação da palavra de Deus e dos ensinamentos de Cristo.
Isso foi prescrito por Paulo em I Tessalonicenses 5.12-13, ocasião em que recomendou consideração e amor especiais para com essas pessoas, que se afadigam por nós. Ele apresentou instruções semelhantes em Hebreus 13.17 e em várias outras oportunidades.
Finalmente, lembremos que familiares e pessoas próximas às lideranças tendem a ser os mais intensamente submetidos aos sacrifícios típicos das iniciativas de médio ou grande vulto, sendo fácil de perceber o quão cansativas são as rotinas dos cônjuges, parentes e amigos mais íntimos daqueles que desempenham algum papel de comando. São sempre os primeiros a chegar e os últimos a sair de qualquer evento, além de pouco aproveitarem as oportunidades de comunicação ou interação ali proporcionadas. Por isso também merecem todo o nosso respeito e reconhecimento.
Assim, concluímos este breve trabalho, sem a pretensão de se referir direta ou indiretamente a qualquer líder religioso ou secular e muito menos de esgotar um assunto tão importante.
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