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Religião e Finanças

08 de Maio de 2015

José Fatuch Júnior

fatuch@uol.com.br

      sadoutrina.org - Biblioteca Digital - Crônicas

      A Difícil, mas Indispensável, Convivência Entre Religião e Finanças

     Poucos sabem disso, mas a história nos ensina que as primeiras e mais simples operações bancárias, como acolher depósitos e realizar empréstimos, surgiram alguns séculos antes de Cristo, entre sacerdotes e ourives do antigo Egito, Grécia e Babilônia.

    Naquela época o dinheiro era constituído por ouro, prata e moedas cunhadas nesses metais. Quando os seus proprietários realizavam viagens ou, por algum motivo, não podiam conservar adequadamente os seus tesouros, deixavam-nos sob a guarda de sacerdotes ou ourives, que inspiravam a confiança e ofereciam a segurança dos templos ou das joalherias de então, proporcionando, dessa forma, as condições indispensáveis para o desempenho de tal missão.

   Devido ao fato de que, naqueles tempos, os deslocamentos dos proprietários podiam durar meses ou até anos, alguns depositários perceberam a oportunidade de, nesse intervalo, emprestar parte dos valores armazenados para terceiros que estivessem precisando de dinheiro, cobrando juros por esse tipo de operação.

   Mais tarde, vislumbrando a possibilidade de obtenção de bons lucros mediante a realização desses empréstimos, alguns estabelecimentos passaram a oferecer, além da confiabilidade e da segurança, uma remuneração proporcional aos volumes depositados, ou seja, começaram a pagar juros pelos valores que lhe fossem confiados.

   No início da era Cristã essas operações já pareciam ser do conhecimento de boa parte da população judaica, uma vez que Jesus mencionou o pagamento de juros por banqueiros ao contar a parábola dos talentos aos seus seguidores. Tal citação teve um provável cunho pedagógico, uma vez que a pregação de Cristo sempre condenou o apego ao dinheiro e as riquezas.

   A propósito, a cobiça pela posse do dinheiro nunca deixou de causar os mais variados desvios nos comportamentos de muitas pessoas, com inúmeros casos tendo sido relatados ao longo no Novo Testamento, sendo o mais dramático a traição cometida por Judas, contra Jesus, em troca de trinta dinheiros, naquele que foi um caso clássico de suborno.

   Desde então, outras ocorrências de corrupção foram relatadas, sendo que uma delas ficou na tentativa, quando o mago Simão ofereceu dinheiro a João e a Pedro para que lhe dessem o poder de também fazer com que as pessoas recebessem o Espírito Santo mediante a imposição de suas mãos (Atos 8.18-19), no que foi prontamente rechaçado.

   A Bíblia Sagrada registra, ainda, que uma autoridade romana esperava receber de Paulo algum dinheiro para que fosse facilitado o seu livramento das acusações apresentadas pelos judeus contra as suas ações (Atos 24.26)

   Em I Timóteo 6.9-10, o apóstolo Paulo condena aqueles que desejam o enriquecimento à custa da insensatez e diz: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
 
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