SÃ DOUTRINA ESPIRITUAL DO SÉTIMO DIA

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Joaquim Néris Pereira

22 de Janeiro de 2008

Roseli da Silva Lopes

roseli@iel.unicamp.br

Livro de Memórias de Joaquim Néris Pereira

sadoutrina.org - Biblioteca Digital - As Colunas do Senhor
 
Ministério do Jardim São Cristóvão-Campinas-SP lançou o livro “JOAQUIM NÉRIS PEREIRA - 10/09/1919 – 27/01/2003 – UMA VIDA EM PROL DA SÃ DOUTRINA ESPIRITUAL DO SÉTIMO DIA”. Um relato curioso e bem detalhado da vida deste saudoso irmão e Ministro. O lançamento ocorreu em 13/01/2008. 
 
Era uma vez o ano de 1925.  Um menino de seis anos brincava pelos sertões da Bahia. Era o caçula de sua casa, o querido da mamãe, cheio de energia e vida. Ele morava num lugarejo distante, e mudou de casa.  Foi morar num outro casebre bastante simples, há algumas léguas de onde morava antes. Para chegar no novo lar,  caminharam e caminharam, atravessaram um rio seco, como é tão comum no nordeste, onde a chuva é escassa... 

Já na nova casa, o pequeno percebeu que havia esquecido seus brinquedos, e então decidiu voltar para buscá-los.  Sem avisar a mãe, Dona Rita, lá se foi ele.  Ficou o dia inteiro fora, e sua mãe desesperada a procurá-lo.  Na velha casa, o menino sapeca pegou os brinquedos e iniciou a jornada de volta.  Nunca chovia no sertão. Mas, bem neste dia, choveu e choveu muito. Já era quase noite e o riacho encheu e transbordou.

Na sua inocência, o menino tentou atravessar, e começou a afogar-se, se debatendo nas águas. Uma senhora que o conhecia, Dona Zefa, desesperada lutou e conseguiu retirá-lo da correnteza que já arrastava seu frágil corpo rio abaixo. Colocou o menino de cabeça para baixo, chacoalhou e o levou nos braços para sua mãe.  O pequeno voltou a si, assustado, mas vivo, e muito alegrou-se a sofrida Dona Rita. Foi neste dia, que a Sã Doutrina e nós quase perdemos JOAQUIM NÉRIS PEREIRA.

Mas, na verdade, a história começou seis anos antes:

“Nasci em 1919, em Rio do Pires, um pequeno arraial nos sertões da Bahia.  Minhas primeiras recordações são de uma infância distante, de um menino que muito amava sua mãe, uma mulher muito guerreira, que lutou muito para criar a mim, o caçula, e meus irmãos. Minha mãe era católica romana fervorosa.

Meu pai era muito rigoroso, batia forte. Obedecia a religião de meus pais. O que fiz de errado em minha meninice, implorava para não contarem a meu pai. Quando via meu pai, era como ver uma fera. Me lembro de uma sapequice que fiz na minha infância. Tinha em torno de sete anos.  Morávamos num sítio onde tinha engenho de açúcar e minha família trabalhava moendo cana nos engenhos. Meu pai estava na lida e lá fui até foi no engenho vê-lo.

Ao chegar, sentindo muita sede, corri para  beber água num balde que estava cheio.  Contudo, o que estava no balde, não era água, era ‘DECUADA”, um tipo de soda, muito corrosiva, feita de cinza de madeira queimada, que era utilizada para fazer sabão.  Na minha inocência, bebi bastante do que pensava ser água.  Quase morri; fiquei muito doente, dando o maior susto na minha pobre mãezinha.”   

Recordações de Joaquim, em sua juventude:

Lendo as escrituras, encontrava regulamentos de uma doutrina muito diferente. Mas não conhecia ninguém para me indicar a verdade, não conhecia a religião.   Muitas vezes eu me perguntava: Será que existe esta doutrina? Eu ansiava por encontrar uma doutrina que cumprisse a Bíblia, na guarda do sábado, na abstinência das coisas imundas e outras coisas.   Eu sonhava com uma doutrina que nem sabia se existia.  Clamava e pedia a Deus para mostrar o caminho certo da salvação, dizendo: - Senhor, mostra-me e guia-me para seu verdadeiro caminho. Em 1940, aos 21 anos, eu me batizei nesta Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia.” 

Naquele ano de 1940 a Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia ganhava, pela vontade de Deus, um jovem que iria dedicar toda sua vida em prol da doutrina. Joaquim Néris Pereira iniciava então, há mais de 60 anos atrás, com ousadia, vontade e dedicação, sua luta por algo que ele tanto buscou. Ele havia finalmente encontrado o caminho que tanto procurara e do qual nunca se apartaria.  E por intermédio dele, tantas e tantas ovelhas viriam a conhecer o caminho do Senhor. 

Joaquim Néris Pereira apascentou a Igreja de Umuarama-PR de 25/01/1973 até 1978 quando mudou-se para Campinas-SP. Em Campinas tornou-se Apascentador da Igreja do Jardim São Cristóvão de 25/05/1986 até sua partida, em 27/01/2003. Foram anos de dedicação total. Ele fez do Ministério sua vida. Amava o Ministério e o povo. Se preocupava com cada ovelha, apoiava os jovens e os incentivava no desenvolvimento na doutrina. 
 
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